Parceiros

Mostrar mensagens com a etiqueta Carminho. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Carminho. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, 17 de abril de 2017

Carminho - A Voz





Às vezes há uma voz que se levanta
Mais alta do que o Mundo e do que nós
E faz chover-me os olhos, quando canta
Num pranto que emudece a minha voz

Afunda-me os sentidos e o tempo
Ao ponto mais distante do que sou
E abraça aquele lugar que, tão cinzento,
Se esconde sob a névoa que ficou

E grita-mo no peito quando sente
Chegar a face triste de um amor
Mais alta do que o mundo e do que a gente
A voz já não é voz chama-se dor.
Diogo Clemente / Armando Machado (Fado Licas)
Sometimes there is a voice that rises
Taller than the world and what we
And it rains my eyes when he sings
In a cry that mute my voice

Sink me the senses and the time
The farthest point of what I am
And embrace that place that, so gray,
It hides under the mist that has

And scream at my chest when you feel
Reaching the sad face of a love
Taller than the world and we
The voice is no longer voice is called pain.

Carminho - Marcha de Alfama






Alfama não envelhece
E hoje parece
Mais nova ainda
Iluminou as janelas
Reparem nelas
Como está linda.
Vestiu a blusa clarinha
Que a da vizinha
É mais modesta
E pôs a saia garrida
Que só é vestida
Em dias de festa

Becos escadinhas ruas estreitinhas
Onde em cada esquina há uma bailarico
Trovas p'las vielas e em todas elas
Perfume de manjerico
Risos gargalhadas, fados desgarradas,
Hoje em Alfama é um demónio
E em cada canto um suave encanto
De um trono de Santo António.

Já se não ouvem cantigas
E as raparigas
De olhos cansados
Ainda aproveitam o ensejo
De mais um beijo
Dos namorados
Já se ouvem sinos tocando
Galos cantando
Á desgarrada
E mesmo assim dona Alfama
Só volta p'rá cama
Quando é madrugada.
Amadeu do Vale / Raul Ferrão
Alfama does not grow old
And today it seems
Even younger still
Lighted the windows
Notice them
How beautiful you look.
She wore the blouse
That the neighbor's
Is more modest
And put on the gaudy skirt
Who is only dressed
On feast days

Narrow streets narrow alleys
Where on every corner there is a dancer
Trovas by alleys and in all of them
Perfume of basil
Laughter, laughter, torn fairies,
Today in Alfama is a demon
And in every corner a soft charm
From a throne of St. Anthony.

Already they do not hear cantigas
And the girls
With tired eyes
Still enjoy the opportunity
One more kiss
Of the boyfriends
You can already hear bells ringing
Roosters singing
Torn
And even so, Mrs. Alfama
Just come back to bed
When it is night.

Carminho - Espelho Quebrado




Com o seu chicote, o vento
quebra o espelho do lago.
em mim foi mais violento
o estrago

porque o vento ao passar
murmurou o teu nome
depois de o murmurar,
deixou-me.

tão rápido passou
nem soube destruir-me
nas magoas em que sou
tão firme.

mas a sua passagem
em vidro recortava
no lago a minha imagem
de escrava.

ò liquido cristal
dos meus olhos sem ti,
em vão um vendaval,
pedi,

para que se quebrasse
o espelho que me enluta
e me ficasse a face
enxuta.

para que se quebrasse
o espelho que que me enluta
em mim foi mais violento
o vento.
David Mourão Ferreira/Alain Oulman
With your whip, the wind
Breaks the mirror of the lake.
In me it was more violent
The damage

Because the wind when passing
Murmured your name
After murmuring it,
left me.

So fast passed
Nor did he know how to destroy me.
In the wounds I'm in
So firm.

But its passage
In glass trimmed
In the lake in my image
Of slave labor.

Liquid crystal
Of my eyes without you,
In vain a gale,
Asked

To break it
The mirror that pisses me off
And I stayed face
Lean.

To break it
The mirror that pisses me off
In me it was more violent
the wind.

Carminho - Palavras Dadas




Não digas palavras dadas
Que não sabes, que não sentes
Pois elas trazem as mágoas
Que só vêm porque mentes
Pois elas trazem as mágoas
Que só vêm porque mentes

Não consegues entender
Que nesse vazio poeta
Podes palavras ter
Mas nunca a palavra certa
Podes palavras ter
Mas nunca a palavra certa

Se não mentisses seria
O amor que tanto espero
O da verdade mais fria
O da verdade que quero
O da verdade mais fria
O da verdade que quero

Pois esse frio do amor
Que nos prende na ansiedade
Também há calor na dor
A dor que traz a saudade
Também há calor na dor
A dor que traz a saudade
Carminho /Joaquim Campos (Fado Rosita)
Do not say words given
That you do not know, that you do not feel
For they bring sorrows
That only come because minds
For they bring sorrows
That only come because minds

You can not understand
That in this empty poet
Can you have words
But never the right word
Can you have words
But never the right word

If you did not lie, it would be
The love I hope so much
The coldest truth
The truth of what I want
The coldest truth
The truth of what I want

For this cold of love
That holds us in anxiety
There is also heat in the pain
The pain that brings longing
There is also heat in the pain
The pain that brings longing

Carminho - A Bia da Mouraria







Lá vai a Bia que arranjou um par jeitoso
É vendedor como ela ali para o Bem Formoso
São dois amores, duas vidas tão singelas
Enquanto ela vende flores, o Chico vende cautelas

Na Mouraria só falam do namorico
A Bia namora o Chico e as conversas são iguais
Ai qualquer dia, Deus queira que isto não mude
A Senhora da Saúde vai ser pequena demais

O casamento já tem a data marcada
Embora qualquer dos noivos tenha pouco ou mais que nada
Vai ter a Bia, a festa que ela deseja
Irá toda a Mouraria ver o casório na igreja.

António José / Nóbrega e SousaTraduzir


There goes to Bia who got a pair of handsome
She's a salesman like her there for the Beautiful.
They are two loves, two lives so simple
While she sells flowers, Chico sells caution

In Mouraria, they only talk about flirtation.
Bia dates Chico and the conversations are the same
Oh God, please do not let this change.
The Lady of Health will be too small

The wedding already has the date marked
Although either bride and groom has little or more than
You're going to have Bia, the party she wants
The whole church will see the wedding in the church.

Carminho - Escrevi Teu Nome No Vento




Escrevi teu nome no vento
Convencido que o escrevia
Na folha dum esquecimento
Que no vento se perdia

Ao vê-lo seguir envolto
Na poeira do caminho
Julguei meu coração solto
Dos elos do teu carinho

Em vez de ir longe levá-lo
Longe, onde o tempo o desfaça
Fica contente a gritá-lo
Onde passa e a quem passa

Pobre de mim, não pensava
Que tal e qual como eu
O vento se apaixonava
Por esse nome que é teu

E quando o vento se agita
Agita-se o meu tormento
Quero esquecer-te, acredita
Mas cada vez há mais vento
Jorge Rosa / Raúl Ferrão (Fado Carriche)
I wrote your name in the wind
Convinced that he wrote it
In the leaf of a forgetfulness
That in the wind was lost

Seeing him still enveloped
In the dust of the way
I judged my heart to be loose
From the links of your affection

Instead of going far take it
Gone where time takes you away
Glad to shout it
Where does it happen and who does it pass?

Poor of me, I did not think
How about and how I
The wind fell in love
By that name which is thine

And when the wind stirs
My torment is shaken
I want to forget you, believe me
But there is more and more wind

terça-feira, 4 de abril de 2017

Carminho - Vem



Vem essa coisa qualquer
Como seta da despedida
Direito ao meu coração
E eu choro e rio sem querer
Nunca de mim tão perdida
Pobre de mim tão sem jeito

E eu choro e rio sem querer
Nunca de mim tão perdida
Pobre de mim tão sem jeito
Que luz é essa que cega
Que desatina, atordoa
Que vem de dentro e me invade

Que me transtorna, se chega
Mas quando parte magoa
Num alívio de saudade
Que me transtorna, se chega
Mas quando parte magoa
Num alívio de saudade

Vem essa coisa tão estranha
Vem num laço que desprende
Uma doçura que amarga
E eu pequenina e tamanha
Num corpo que não se rende
Uma estreiteza tão larga

E eu pequenina e tamanha
Num corpo que não se rende
A uma estreiteza tão larga
Que graça é essa tão séria
Que corroi até ao osso
E me arde de tão fria

Dá-me tudo, até miséria
Vem meu amor que eu não posso
Viver assim mais um dia
Dá-me tudo, até miséria
Vem meu amor que eu não posso
Viver assim mais um dia
Maria do Rosario Pedreira/José António Sabrosa (Fado José Antonio de Sextilhas)
Come this thing any
How Farewell Arrow
Right to my heart
And I cry and laugh unintentionally.
Never from me so lost
Poor me so awkward

And I cry and laugh unintentionally.
Never from me so lost
Poor me so awkward
What light is this that blinds
What a fool, it stuns
That comes from within and invades me

That upset me, if it arrives
But when part hurts
In relief of homesickness
That upset me, if it arrives
But when part hurts
In relief of homesickness

Come this strange thing
Comes in a loop that comes off
A bitter sweetness
And I'm small and she's so big
In a body that does not surrender
A narrowness so wide

And I'm small and she's so big
In a body that does not surrender
To such a narrowness
What grace is this so serious?
That I rot to the bone
And it burns me so cold

Give me everything, even misery
Come, my love, I can not
Live like this one more day
Give me everything, even misery
Come, my love, I can not
Live like this one more day
Maria do Rosario Pedreira / José António Sabrosa (Fado José Antonio de Sextilhas)


Cifra . Fonte : CanalGp (http://escolaonlinecanalgp.com/)
Introdução: Em  A7  D   Bm  G7  F#7  Bm

Bm          A7              D       Bm

Vem essa coisa qualquer

           G7          F#7        

Como seta da despedida

                    Bm                B7    Em

Direito ao meu coração

          A7                          D

E eu choro e rio sem querer

                 Bm     G7     F#7

Nunca de mim tão perdida

                                     Bm     B7     Em

Pobre de mim tão sem jeito

          A7                       D

E eu choro e rio sem querer

G              Em             F#7   

Nunca de mim tão perdida

                       Bm

Pobre de mim tão sem jeito

Bm                           G

Que luz é essa que cega

                      A7      

Que desatina, atordoa

        G    Em                        F#7        Em        

Que vem de dentro e me invade

                A7                    D

Que me transtorna, se chega

G                  Em      F#7

Mas quando parte magoa

                             Bm        Em

Num alívio de saudade

                A7          D

Que me transtorna, se chega

G                   Em        F#7

Mas quando parte magoa

                              Bm      G7     F#7     Bm

Num alívio de saudade

Bm          A7              D       Bm

Vem essa coisa tão estranha

                G                  F#7             

Vem num laço que desprende

                               Bm         Em

Uma doçura que amarga

        A7                D             

E eu pequenina e tamanha

        Bm              G          F#7

Num corpo que não se rende

                     Bm                  Em

Uma estreiteza tão larga

                A7       D              

E eu pequenina e tamanha

        G                          F#7

Num corpo que não se rende

                                  Bm

A uma estreiteza tão larga

Bm          A7                G

Que graça é essa tão séria

                          A7            D/F#

Que corroi até ao osso

    G                C#7  F#7    B7/F#    Em      

E me arde de tão fria

            A7                D     G#7    

Dá-me tudo, até miséria

       G7                     F#7

Vem meu amor que eu não posso

                           Bm        B7       Em

Viver assim mais um dia

           A7              D

Dá-me tudo, até miséria

        G        Em                     F#7

Vem meu amor que eu não posso

                      Bm          F#7         Bm

Viver assim mais um dia

Carminho - Espera




Quando virás na vaga proibida
Com maresia e vento ao abandono
Pôr nos meus lábios um sinal de vida
Onde haja apenas pétalas e sono
Com o teu olhar de nuvem ou cipreste
Como uma rosa oculta por florir
Se te chamei e nunca mais vieste
Quando virás sem que eu te mande vir

Quando quebrando todos os segredos
Ma aragem que a poeira deixa nua
Virás deitar-te um pouco nos meus dedos
Como o sol, como a terra e como a lua

E porque a minha boca te sorrira
Tentando abrir uma invisível grade
Quando virás sem medo e sem mentira
Dar ao meu corpo a sua liberdade
E porque a minha boca te sorrira
Tentando abrir uma invisível grade
Quando virás sem medo e sem mentira
Dar ao meu corpo a sua liberdade.
Pedro Homem de Mello / Casemiro Ramos (Fado Janelas Enfeitadas)
When will you come in the forbidden place?
With sea air and wind to abandonment
To put on my lips a sign of life
Where there are only petals and sleep
With your cloud or cypress look
Like a rose hidden by florir
If I called you and you never came again
When will you come without my telling you to come?

When breaking all the secrets
Ma aration that the dust leaves naked
You will come to lie down a little on my fingers.
As the sun, as the earth and as the moon

And because my mouth will smile upon you
Trying to open an invisible grid
When you will come without fear and without lying
Give my body its freedom
And because my mouth will smile upon you
Trying to open an invisible grid
When you will come without fear and without lying
Give my body your freedom.
Pedro Homem de Mello / Casemiro Ramos (Fado Windows Ornamented)

Carminho - Porquê

Disse-me o vento que vinha
De bandas não sei de onde
Que procurou mas não tinha
Ideia onde se esconde
Essa paixão que foi minha
E ao grito meu não responde

Montes e vales corridos
recantos do fim do mundo
Tão distantes e escondidos
tudo em silêncio profundo
E estes meus cinco sentidos
gemendo a cada segundo

De noite foges da lua
De dia o sol não te vê
Não há ninguém que possua
A razão deste porquê
E o meu viver continua
A estar à tua mercê

Sei que existes porque existes
E porque foste verdade
E com verdade resistes
A esta grande saudade
Alegra os meus olhos tristes
E volta, faz-me a vontade
Jorge Rosa, José Pedro Blanc(Fado Blanc)
He told me the wind that came
I do not know where in the world
Who sought but did not have
Idea where it hides
This passion that was mine
And to my cry not to respond

Hills and valleys
Corners of the end of the world
So distant and hidden
All in deep silence
And these my five senses
Moaning every second

At night, the moon breaks
By day the sun does not see you
There is no one who has
The reason of this why
And my live continues
To be at your mercy

I know you exist because you exist
And because you were true.
And with true resistance.
This big miss
Rejoice my sad eyes
And come back, make me feel free
Jorge Rosa, José Pedro Blanc (Fado Blanc)

Parceiros