Com o seu chicote, o vento
quebra o espelho do lago.
em mim foi mais violento
o estrago
porque o vento ao passar
murmurou o teu nome
depois de o murmurar,
deixou-me.
tão rápido passou
nem soube destruir-me
nas magoas em que sou
tão firme.
mas a sua passagem
em vidro recortava
no lago a minha imagem
de escrava.
ò liquido cristal
dos meus olhos sem ti,
em vão um vendaval,
pedi,
para que se quebrasse
o espelho que me enluta
e me ficasse a face
enxuta.
para que se quebrasse
o espelho que que me enluta
em mim foi mais violento
o vento.
David Mourão Ferreira/Alain Oulman
With your whip, the wind
Breaks the mirror of the lake.
In me it was more violent
The damage
Because the wind when passing
Murmured your name
After murmuring it,
left me.
So fast passed
Nor did he know how to destroy me.
In the wounds I'm in
So firm.
But its passage
In glass trimmed
In the lake in my image
Of slave labor.
Liquid crystal
Of my eyes without you,
In vain a gale,
Asked
To break it
The mirror that pisses me off
And I stayed face
Lean.
To break it
The mirror that pisses me off
In me it was more violent
the wind.
Sem comentários:
Enviar um comentário