- Carlos do Carmo - As Três normas
- Carlos do Carmo - Duas Lágrimas de Orvalho
- Carlos do Carmo - Canto Para Não Chorar
- Carlos do Carmo - Abecedário Fadista
- Carlos do Carmo - Bairro Alto
- Carlos do Carmo - Balada Para Uma Velhinha
- Carlos do Carmo - Calçada à Portuguesa
- Carlos do Carmo - Canoas do Tejo
- Carlos do Carmo - Cantiga de Maio
Parceiros
Mostrar mensagens com a etiqueta Carlos do Carmo. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Carlos do Carmo. Mostrar todas as mensagens
sábado, 29 de abril de 2017
Carlos do Carmo . Lista de Letras:
quinta-feira, 27 de abril de 2017
Carlos do Carmo - Cantiga de Maio
Trago dentro da garganta
As letras do teu nome
Quando um homem se levanta
Grita fúria em vez de fome
Só a força das palavras
Fez do medo esta verdade
Quando é teu o chão que lavras
O arado é liberdade
Meu país vontade corcel de saudade vencida
Meu povo em viagem ganhando a coragem perdida
Meu trigo meu canto meu maio de espanto doendo
Meu abril tão cedo tão tarde meu medo morrendo
Meu amor ausente meu beijo por dentro queimado
Num tempo tão lento tardamos no vento até quando
Até quando?
Trago as palavras desertas
Na canção que eu inventei
E nas duas mãos abertas
Estas veias que rasguei
Por isso o meu sangue corre
Na seiva da primavera
Sou um homem que não morre
Sou um povo que não espera
Meu país vontade corcel de saudade vencida
Meu povo em viagem ganhando a coragem perdida
Meu trigo meu canto meu maio de espanto doendo
Meu abril tão cedo tão tarde meu medo morrendo
Meu amor ausente meu beijo por dentro queimado
Num tempo tão lento tardamos no vento até quando
Até quando?
Carlos Mendes /Joaquim Pessoa
I bring it inside the throat
The letters of your name
When a man gets up
Cries fury instead of hunger
Only the power of words
Made fear this truth
When is the ground that you wash
The plow is freedom
My country will steal from homesickness.
My traveling people gaining the lost courage
My wheat, my song, my May, of awe aching
My April so early so late my fear dying
My love away my kiss inside burned
In such a slow time it took in the wind until when
Until when?
I bring the deserted words
In the song that I invented
And in both open hands
These veins I ripped
That's why my blood runs
In the spring sap
I'm a man who does not die
I am a people who do not expect
My country will steal from homesickness.
My traveling people gaining the lost courage
My wheat, my song, my May, of awe aching
My April so early so late my fear dying
My love away my kiss inside burned
In such a slow time it took in the wind until when
Until when?
Composer: Joaquim Pessoa
Carlos do Carmo - Canoas do Tejo
Canoa de vela erguida,
Que vens do Cais da Ribeira,
Gaivota que anda perdida,
Sem encontrar companheira.
O vento sopra nas fragas,
O sol parece um morango,
E o Tejo baila com as vagas,
A ensaiar um fandango.
Canoa, conheces bem,
Quando há norte pela proa,
Quantas docas tem Lisboa,
E as muralhas que ela tem.
Canoa, por onde vens?
Se algum barco te abalroa,
Nunca mais voltas ao cais,
Nunca, nunca, nunca mais.
Canoa, de vela panda,
Que vens da boca da barra,
E trazes na aragem branda,
Gemidos de uma guitarra.
Teu arrais prendeu a vela,
E se adormeceu, deixá-lo,
Agora, muita cautela,
Não vá o mar acordá-lo.
Canoa, conheces bem,
Quando há norte pela proa,
Quantas docas tem Lisboa,
E as muralhas que ela tem.
Canoa, por onde vens ?
Se algum barco te abalroa,
Nunca mais voltas ao cais,
Nunca, nunca, nunca mais.
Canoa, conheces bem,
Quando há norte pela proa,
Quantas docas tem Lisboa,
E as muralhas que ela tem.
Canoa, por onde vens ?
Se algum barco te abalroa,
Nunca mais voltas ao cais,
Nunca, nunca, nunca mais.
Frederico de Brito
Sailboat upright,
What do you come from Cais da Ribeira,
Walking gull lost,
Without finding a mate.
The wind blows in the fragas,
The sun looks like a strawberry,
And the Tagus dances with the waves,
To rehearse a fandango.
Canoe, you know well,
When there is north by the bow,
How many docks does Lisbon have,
And the walls she has.
Canoa, where are you coming from?
If any boat bends you,
Never come back to the dock,
Never, never, never again.
Canoe, sailing panda,
What do you come from the mouth of the bar,
And bring in the soft breeze,
Moans of a guitar.
Your arrais held the candle,
And if he fell asleep, let him,
Now, very cautious,
Do not go the sea to wake you.
Canoe, you know well,
When there is north by the bow,
How many docks do Lisbon have,
And the walls she has.
Canoa, where are you coming from?
If any boat bends you,
Never come back to the dock,
Never, never, never again.
Canoe, you know well,
When there is north by the bow,
How many docks does Lisbon have,
And the walls she has.
Canoa, where are you coming from?
If any boat bends you,
Never come back to the dock,
Never, never, never again.
Carlos do Carmo - Calçada à Portuguesa
Acendem-se os olhos do dia
Um sol feito de água e janelas
Na rua e nas praças
Na cal e nas pedras
No cais que abrigou caravelas
Do alto das tuas muralhas
É todo o teu corpo que eu vejo
Vestido de claro
De azul e gaivotas
E os olhos no espelho do Tejo
Ai céu que encandeia os meus olhos
Ai estrelas nos olhos do dia
Ai margens que nos contam histórias
Do mar que ninguém conhecia
Ai naus de aventura
Com anjos na proa
Nos portos
Da minha alegria
No chão feito de preto e branco
Da calçada à portuguesa
Demoro o olhar
E escrevo o teu nome
De dona do mar e princesa
Do alto das ruas muralhas
É todo o teu corpo que eu vejo
Vestido de claro
De azul e gaivotas
E os olhos no espelho do Tejo
Ai céu que encandeia os meus olhos
Ai estrelas nos olhos do dia
Ai margens que nos contam histórias
Do mar que ninguém conhecia
Ai nau de aventura
Com anjos na proa
É assim que eu te vejo
Lisboa.
Ivan Lins e José Luís Tinoco
Um sol feito de água e janelas
Na rua e nas praças
Na cal e nas pedras
No cais que abrigou caravelas
Do alto das tuas muralhas
É todo o teu corpo que eu vejo
Vestido de claro
De azul e gaivotas
E os olhos no espelho do Tejo
Ai céu que encandeia os meus olhos
Ai estrelas nos olhos do dia
Ai margens que nos contam histórias
Do mar que ninguém conhecia
Ai naus de aventura
Com anjos na proa
Nos portos
Da minha alegria
No chão feito de preto e branco
Da calçada à portuguesa
Demoro o olhar
E escrevo o teu nome
De dona do mar e princesa
Do alto das ruas muralhas
É todo o teu corpo que eu vejo
Vestido de claro
De azul e gaivotas
E os olhos no espelho do Tejo
Ai céu que encandeia os meus olhos
Ai estrelas nos olhos do dia
Ai margens que nos contam histórias
Do mar que ninguém conhecia
Ai nau de aventura
Com anjos na proa
É assim que eu te vejo
Lisboa.
Ivan Lins e José Luís Tinoco
The eyes of the day light up
A sun made of water and windows
On the street and in the squares
In lime and stones
On the quay that housed caravels
From the top of your walls
It's your whole body that I see
Light dress
In blue and seagulls
And the eyes in the mirror of the Tagus
Oh heaven that dazzles my eyes
Ai stars in the eyes of the day
Ai margins that tell us stories
From the sea that nobody knew
Ai naus of adventure
With angels in the bow
In the ports
Of my joy
On the floor made of black and white
From the sidewalk to the Portuguese
I take the look
And I write your name
From the Princess and the Sea
From the high streets of the walls
It's your whole body that I see
Light dress
In blue and seagulls
And the eyes in the mirror of the Tagus
Oh heaven that dazzles my eyes
Ai stars in the eyes of the day
Ai margins that tell us stories
From the sea that nobody knew
Ai nau adventure
With angels in the bow
This is how I see you
Lisbon.
Ivan Lins and José Luís Tinoco
Carlos do Carmo - Balada Para Uma Velhinha
Num banco de jardim uma velhinha,
está tão só com a sombrinha,
que é o seu pano de fundo.
Num banco de jardim uma velhinha,
está sozinha, não há coisa
mais triste neste mundo.
E apenas faz ternura, não faz pena,
não faz dó,
pois tem no rosto um resto de frescura.
Já coseu alpergatas e
bandeiras verdadeiras.
Amargou a pobreza até ao fundo.
Dos ossos fez as mesas e as cadeiras,
as maneiras
que a fazem estar sentada sobre o mundo.
Neste jardim ela
a trepadeira das canseiras,
das rugas onde o tempo é mais profundo.
Num banco de jardim uma velhinha,
nunca mais estará sozinha,
o futuro está com ela.
E abrindo ao sol o negro da sombrinha poidinha,
o sol vem namorá-la da janela.
Se essa velhinha fosse
a mãe que eu quero,
a mãe que eu tinha.
Não havia no mundo,
outra mais bela.
Num banco de jardim uma velhinha,
faz desenhos nas pedrinhas,
que afinal, são como eu.
Sabe que as dores que tem também são minhas,
são moinhas do filho a desbravar que Deus lhe deu.
E, em volta do seu banco,
os malmequeres e as andorinhas,
Provam que a minha mãe nunca morreu.
Ary dos Santos / Martinho de Assunção
On an old garden bench,
Is so alone with the parasol,
Which is its backdrop.
On an old garden bench,
She is alone, there is nothing
Sadder in this world.
And it just makes tenderness, does not pity,
It does not hurt
Because it has a freshness in the face.
Already he has
True flags.
He squeezed poverty to the bottom.
From the bones he made the tables and the chairs,
The ways
That make her sit on the world.
In this garden she
The trepadeira da canseiras,
Of wrinkles where time is deeper.
On an old garden bench,
Will never be alone again,
The future is with her.
And opening to the sun the black of the parasol poidinha,
The sun comes to flirt with her from the window.
If this old lady were to
The mother I want,
The mother I had.
There was in the world,
Another more beautiful.
On an old garden bench,
Makes drawings on the pebbles,
Who, after all, are just like me.
You know that the pains you have are also mine,
They are the son of the son that has been given to him by God.
And, around your bank,
The marigolds and the swallows,
Prove that my mother never died.
Carlos do Carmo - Bairro Alto
Bairro Alto aos seus amores tão delicado
Quis um dia dar nas vistas
E saíu com os trovadores mais o fado
Pr’a fazer suas conquistas
Tangem as liras singelas,
Lisboa abriu as janelas, Acordou em sobressalto
Gritaram bairros à toa
Silêncio velha Lisboa, Vai cantar o Bairro Alto
Trovas antigas, saudade louca
Andam cantigas a bailar de boca em boca
Tristes bizarras em comunhão
Andam guitarras a gemer de mão em mão
Por isso é que mereceu fama de boémio
Por seu condão fatalista
Atiraram-lhe com a lama como prédio
Por ser nobre e ser fadista
Hoje saudoso e velhinho,
Recordando com carinho seus amores suas paixões
Pr’a cumprir a sina sua
Ainda veio pr’o meio da rua cantar as suas canções
Carlos Simões Neves / Nuno Aguiar
Bairro Alto to your loves so delicate
Wanted someday to see
And went out with the troubadours plus fado
To make your achievements
Tangem the simple liras,
Lisbon opened the windows, Woke up in a jolt
They screamed neighborhoods at random.
Silence old Lisbon, Go sing Bairro Alto
Old threesomes, crazy longing
Dance songs come from mouth to mouth.
Sad bizarre communion
Walk guitars to groan from hand to hand.
That's why he earned a reputation as a bohemian
For his fatalistic condemnation
They threw him with the mud like building
For being noble and being fado
Today, homesick and old,
Remembering with love your loves your passions
You have to fulfill your
He still came to the middle of the street to sing his songs
Carlos Simões Neves And Nuno Aguiar
Carlos do Carmo - Abecedário Fadista
(A) de amor, (B) de beleza
e (C) curvo de criança,
(D) de Deus ou de defesa
que com (E) escreve esperança
O (F) vai para o fado,
o (G) vai para guitarra,
(H) p'ra homem honrado
Que ao (I) d' ilusão se agarra
O (J) serve a janela,
o (L) serve a Lisboa,
(M) de mulher mais bela
(N) a meio de canoa
(O) de olhar que me fascina,
(P) de porta sempre aberta
(Q) de quadra, (R) de rima,
com (S) a saudade acerta
(T) de terra, (U) de universo
que uma noutra desanda
(V) de viola ou de verso,
(X) de xaile e (Z) de zanga
As letras são vinte e três
Palavras são vinte e tal
Alfabeto português
Dum fadista em Portugal.
António Torre da Guia / Paulo de Carvalho
(A) of love, (B) of beauty
And (C) child curved,
(D) of God or of defense
Who with (E) writes hope
The (F) goes to fado,
The (G) goes to guitar,
(H) for an honest man
That the (I) d 'illusion clings
The (J) serves the window,
O (L) serves Lisbon,
(M) of the most beautiful woman
(N) through canoe
(O) to look at that fascinates me,
(P) of door always open
(Q), (R) rhyme,
With (S) longing hits
(T) of earth, (U) of universe
That one in another
(V) of viola or verse,
(X) of shawl and (Z) of rage
The letters are twenty-three.
Words are twenty and such
Portuguese alphabet
Dum fadista in Portugal.
António Torre da Guia / Paulo de Carvalho
segunda-feira, 14 de novembro de 2016
Carlos do Carmo - Canto Para Não Chorar
Letra:Manuel de Andrade Música:
Música: Joaquim Campos
Intérprete: Carlos do Carmo
Tom: F#
Intro: D#7 G#m C#7 F#
I
F# C#7
Eu canto para não chorar
F# E D#7
Chorando canto também
Chorando canto também
G#m C#7
Eu vivo só para cantar
Eu vivo só para cantar
F# E D#7
Toda a dor que a vida tem
Toda a dor que a vida tem
G#m C7
Eu vivo só para cantar
F#
Toda a dor que a vida tem
Toda a dor que a vida tem
II
II
F# C#7
Como uma prece diferente
F# E D#7
Que aos pés de Deus vá rezar
Que aos pés de Deus vá rezar
G#m C#7
Cada um canta o que sente
Cada um canta o que sente
F# E D#7
Eu canto para não chorar
Eu canto para não chorar
G#m C#7
Cada um canta o que sente
F#
Eu canto para não chorar
Eu canto para não chorar
III
III
F# C#7
E esta canção tão linda
F# E D#7
Que me ensinou minha mãe
Que me ensinou minha mãe
G#m C#7
Cada vez que a lembro ainda
Cada vez que a lembro ainda
F# E D#7
Chorando-a canto também
Chorando-a canto também
G#m C#7
Cada vez que a lembro ainda
F#
Chorando-a canto também
Chorando-a canto também
IV
IV
F# C#7
Comecei de pequenino
F# E D#7
Neste louco caminhar
Neste louco caminhar
G#m C7
Fiz do fado o meu destino
Fiz do fado o meu destino
F# E D#7
Eu vivo só para cantar
Eu vivo só para cantar
G#m C#7
Fiz do fado o meu destino
F#
Eu vivo só para cantar
Eu vivo só para cantar
V
F# C#7
Na minha voz dolorida
F# E D#7
O fado retrata bem
O fado retrata bem
G#m C#7
As incertezas da vida
As incertezas da vida
F# E D#7
Toda a dor que a vida tem
Toda a dor que a vida tem
G#m
As incertezas da vida
C#7 F# C#7 F#
Toda a dor que a vida tem
Toda a dor que a vida tem
Carlos do Carmo - Duas Lágrimas de Orvalho
Fadista : Carlos do Carmo
Tom: Gm
Intro: Cm Gm D7 Gm
Gm D7
Duas lágrimas de orvalho
Caíram nas minha mãos
Gm Cm
Quando te afaguei o rosto
Gm
Pobre de mim pouco valho
D7
Para te acudir na desgraça
Gm Cm
Para te valer no desgosto.
Gm
Pobre de mim pouco valho
D7
Para te acudir na desgraça
Gm
Para te valer no desgosto
Gm D7
Porque choras não me dizes
Não é preciso dizê-lo
Gm Cm
Não dizes eu adivinho
Gm
Os amantes infelizes
D7
Deveriam ter coragem
Gm Cm
Para mudar de caminho
Gm
Os amantes infelizes
D7
Deveriam ter coragem
Gm
Para mudar de caminho
Gm D7
Por amor damos a alma
Damos corpo damos tudo
Gm Cm
Até cansarmos na jornada
Gm
Mas quando a vida se acalma
D7
O que era amor é saudade
Gm Cm
E a vida já não é nada.
Gm
Mas quando a vida se acalma
D7
O que era amor é saudade
Gm
E a vida já não é nada.
Gm D7
Se estás a tempo recua
Amordaça o coração
Gm Cm
Mata o passado e sorri
Gm
Mas se não estás continua
D7
Disse-me isto minha mãe
Gm Cm
Ao ver-me chorar por ti.
Gm
Mas se não estás continua
D7
Disse-me isto minha mãe
Gm D7 Gm
Ao ver-me chorar por ti.
Subscrever:
Mensagens (Atom)