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domingo, 7 de maio de 2017

Ana Moura - Águas Passadas


















Sei que os dias hão-de dar-me a paz que eu quero
Sei que as horas hão-de ser menos pesadas
E que as noites em secreto desespero
Hão-de ser recordações, águas passadas

Sei que tudo tem um fim, e o fim de tudo
É o tudo que me resta por viver
E o teu olhar inquieto, onde me iludo
É o desvio da minh'alma a se perder

Sei que sempre que te sei em outros braços
Há um punhal a atravessar todo o meu ser
Os meus olhos a alongarem-se num traço
São o espelho da minh'alma a não querer ver

Sei no entanto, que há uma luz no horizonte
Que antevejo, entre lágrimas resignadas
Que esta história, seja a história onde se conte
O que um dia em mim serão águas passadas
Jorge Fernando / José Mário Branco



I know that the days will give me the peace that I want
I know the hours will be less heavy
And that the nights in secret despair
They will be memories, past waters

I know that everything has an end, and the end of everything
It's all I have left to live for.
And your restless gaze, where I deceive myself
It is the deviation of my soul to be lost

I know that whenever I know you in other arms
There's a dagger going through my whole being.
My eyes stretched out in a dash
They are the mirror of my soul not wanting to see

I know, however, that there is a light on the horizon
What I foresee, between resigned tears
Let this story, be the story where you tell
What a day in me will be past waters

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