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terça-feira, 4 de abril de 2017

Raquel Tavares - Saída (Fim do Fim)

Sempre que ao sabor dos dedos
As palavras se desmaiam
Numa folha amarrotada,
Deixo as horas e os segredos
Nestes versos que me enleiam,
Deixo tudo e quase nada.

Trago as noites de Setembro
No meu corpo de mulher,
Nesta vida que anoiteço.
Já da vida não me lembro,
Nem se a esqueço por te ver
Ou por ver que não te esqueço.

Sempre que esre madrugar
Dispa os olhos magoadas
E a saudade em mim insista,
Deixo à voz este penar
Sou um fado doutros fados
Em que a noite é mais fadista.

Whenever to the taste of the fingers
Words faint
In a crumpled sheet,
I leave the hours and the secrets
In these verses that creep me,
I leave everything and almost nothing.

I bring the nights of September
In my woman's body,
In this life that night.
I can not remember life,
I do not even forget to see you
Or to see that I do not forget you.

Whenever I get up early
Disable hurt eyes
And the longing in me insists,
I leave this to the voice
I am a fado
In which the night is more fadista.

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