De infortúnios sem história
Governou-a a dura lei
Vida amarga a que passei
Do amor e da desmemória
Tristes palavras ao vento
Fui deitando devagar,
Sabiam ao meu lamento
Tristes palavras ao vento
Eram meu jogo de azar
Sabiam ao meu lamento
Tristes palavras ao vento
Eram meu jogo de azar
Tenho os olhos rasos de água
E em tanta melancolia
Como flor feita da mágoa
Tenho os olhos rasos de água
Nos limos da maresia
A chorar mal reconheço
O coração tão estranho
Assim virado do avesso
A chorar mal reconheço
A voz com que o acompanho
Assim virado do avesso
A chorar mal reconheço
A voz com que o acompanho
Meu pobre contentamento
Meus nervos então arrase
Ao ver momento a momento
Meu pobre contentamento
Ter falhado, estando quase
Ah, fado, és lugar-comum
Sustentas-me o coração
Sem lhe fazer bem nenhum
Ah, fado, és lugar-comum
E pura contradição
Vasco Graça Moura / Alfredo Duarte (Fado Bailado)
Bitter life I went through
Of misfortunes without history
The hard law governed her.
Bitter life I went through
Of love and dismemberment
Sad words to the wind
I went slowly,
They knew my lament
Sad words to the wind
It was my game of chance.
They knew my lament
Sad words to the wind
It was my game of chance.
My eyes are shallow with water.
And in so much melancholy
As a flower made of sorrow
My eyes are shallow with water.
In the limes of the sea
I barely recognize you crying
Such a strange heart.
Thus turned inside out
I barely recognize you crying
The voice with which I accompany you
Thus turned inside out
I barely recognize you crying
The voice with which I accompany you
My poor contentment
My nerves then ruined
When to see moment to moment
My poor contentment
Have failed, being almost
Ah, fado, it's commonplace
You hold my heart
Without doing you any good
Ah, fado, it's commonplace
It is pure contradiction
Vasco Graça Moura / Alfredo Duarte (Fado Ballet)
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