Aldina Duarte - O Sorriso das Águas

Já não tenho um lenço branco
Nem pranto de despedida;
Tanto barco me deixou
Até o Tejo secou
Dentro de mim toda a vida

Eu já mordi a saudade
Para salvar o coração
O amor que me morreu
De certeza renasceu
Com uma outra pulsação

Atirei pedras ao Tejo
Com raiva das minhas mágoas
Eram ciúme e vingança
Mas as pedras de criança
São o sorriso das águas

As rosas nascem na terra
E morrem direito ao céu
Tudo é luz e é nascente
Tudo é luto e é poente
E tudo isto sou eu
João Monge / Carlos Neves
(Fado Tamanquinhas)

I do not have a white scarf anymore

No farewell mourning;

So much boat left me.

Even the Tagus has dried up

Inside of me, my whole life.

I already bit the heart.

To save the heart

The love that died to me

Really reborn

With another heartbeat

I threw rocks at the Tagus

Angry with my sorrows

It was jealousy and revenge.

But the children's stones

They are the smile of the waters

Roses are born on earth

And die right to the sky.

Everything is light and it is spring

Everything is mourning and it's sunset

And this is all I am