sexta-feira, 16 de junho de 2017

António Zambujo - Chamateia

















No berço que a ilha encerra 
Bebo as rimas deste canto
No mar alto desta terra 
Nada a razão do meu pranto

Mas no terreiro da vida 
O jantar serve de ceia 
E mesmo a dor mais sentida 
Dá lugar à chamateia

Oh meu bem
Oh chamarrita 
Meu alento, vai e vem 
Vou embarcar nesta dança
Sapateia, oh meu bem 

Se a sapateia não der 
Pra acalmar minh´alma inquieta 
Estou pro que der e vier 
Nas voltas da chamarrita 

Chamarrita, sapateia 
Eu quero é contradizer 
O aperto desta bruma 
Que às vezes me quer vencer
António Melo Sousa / Luís Alberto Bettencourt
In the cradle that the island ends
I drink the rhymes of this song.
In the high sea of this land
Nothing the reason for my crying

But in the terreiro da vida
Dinner is supper.
And even the most painful
It gives rise to chamateia

Oh my darling
Oh Callrita
My breath, come and go
I'm going to embark on this dance.
You shoe me, oh my love.

If the shoe does not
To calm my uneasy soul
I'm coming to see you
In the turns of the llama

Chamarrita, tapas
I want to contradict
The tightness of this mist
That sometimes you want to win me.

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