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quinta-feira, 4 de maio de 2017

Ana Moura - Dentro da Tempestade




Fico presa na tempestade
Onde não durmo comigo
Há restos de verdade
A que a dor tirou sentido

Caída entre os espaços
Do meu corpo destruído
Já não há restos de verdade
E a dor perdeu sentido

Deixei armas dos meus braços
Larguei roupas que vesti
Deixei ruas onde as pedras
Tatuaram os meus passos

No mar de mãos turvas
Nadavas transparente
Encontramo-nos num gesto
Inteiro e indiferente

Choramos como quem nasce
Escorrendo a saudade
Vens no Sol de madrugada
Como a mão na tempestade
Tiago Bettencourt / José Marques do Amaral (Marcha do José Marques do Amaral)

I get stuck in the storm
Where I do not sleep with me
There are remnants of truth
The pain made sense

Fall between spaces
From my body destroyed
There is no longer any remains of truth
And the pain lost meaning

I left arms in my arms
I dropped clothes that I wore
I left streets where the stones
They tattooed my steps

In the sea of turbid hands
Nadavas transparent
We meet in a gesture
Whole and indifferent

We cry as if born
Running the longing
You come in the sun at dawn
Like the hand in the storm

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