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segunda-feira, 8 de maio de 2017

Ana Moura - Cantiga de Abrigo




Vou esperar contigo
E, se quiser tardar, o tempo foi meu amigo
Prendo os ponteiros
Que o teu instante é meigo

Vou mudar contigo
E se puder escapar, teu corpo é meu abrigo
Prendo-me ao peito
E em ti me desarraigo

Repreendo a própria vida
Cada dia em que, iludida
Me extingui a sós comigo
Sem guarida
Mas sigo
Que em teu refúgio há fogo

Se me chamares, meu nome seja aconchego
Prendo-te aos braços e o nó que dou é cego
Samuel Úria
I'll wait with you.
And if you want to delay, time has been my friend.
I hold the hands
That your instant is sweet

I'll move in with you.
And if you can escape, your body is my shelter.
I hold my breast
And in you I root out

I rebuke my own life
Every day when, deceived
Extinguish me alone with me
No lair
But I follow
That there is fire in your refuge

If you call me, my name is warmth.
I hold you by the arms and the knot I give is blind

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