Mouraria garrida,
muito presumida,
Muito requebrada,
Com seu todo galdério,
Seu ar de mistério,
De moira encantada!
É como um livro de novela,
Onde o amor é lume
E o ciúme impera!
Ao abrir duma janela
Aparece o vulto
Daquela Severa!
A marcha da Mouraria
Tem o seu quê de bairrista!
Certos laivos de alegria,
É a mais boémia,
É a mais fadista!
Anda toda encantada,
De saia engomada,
Blusinha de chita!
É franzina, pequena,
Gaiata e morena,
Cigana e bonita!
Tem a guitarra pra gemer
Um amor sublime
Que nunca atraiçoa!
Esse bairro deve ser
O lindo ou mais castiço
Da velha Lisboa!
Amadeu do Vale / Frederico Valério
Mouraria garrida,
Very presumed,
Very cheeky,
With your whole galdério,
Its air of mystery,
Of enchanted moira!
It's like a novel book,
Where love is lume
And jealousy reigns!
When opening a window
The figure appears
That Severe!
The march of Mouraria
You have your thing as a bairrista!
Certain lavas of joy,
It is the most bohemian,
It's the most fado!
She's all haunted,
In a starched skirt,
Cheetah top!
It's thin, small,
Gaiata and morena,
Gypsy and pretty!
There's the guitar to moan.
A sublime love
That never betrays!
This neighborhood should be
The beautiful or the most beautiful
From old Lisbon!
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