Canoa de vela erguida,
Que vens do Cais da Ribeira,
Gaivota que anda perdida,
Sem encontrar companheira.
O vento sopra nas fragas,
O sol parece um morango,
E o Tejo baila com as vagas,
A ensaiar um fandango.
Canoa, conheces bem,
Quando há norte pela proa,
Quantas docas tem Lisboa,
E as muralhas que ela tem.
Canoa, por onde vens?
Se algum barco te abalroa,
Nunca mais voltas ao cais,
Nunca, nunca, nunca mais.
Canoa, de vela panda,
Que vens da boca da barra,
E trazes na aragem branda,
Gemidos de uma guitarra.
Teu arrais prendeu a vela,
E se adormeceu, deixá-lo,
Agora, muita cautela,
Não vá o mar acordá-lo.
Canoa, conheces bem,
Quando há norte pela proa,
Quantas docas tem Lisboa,
E as muralhas que ela tem.
Canoa, por onde vens ?
Se algum barco te abalroa,
Nunca mais voltas ao cais,
Nunca, nunca, nunca mais.
Canoa, conheces bem,
Quando há norte pela proa,
Quantas docas tem Lisboa,
E as muralhas que ela tem.
Canoa, por onde vens ?
Se algum barco te abalroa,
Nunca mais voltas ao cais,
Nunca, nunca, nunca mais.
Frederico de Brito
Sailboat upright,
What do you come from Cais da Ribeira,
Walking gull lost,
Without finding a mate.
The wind blows in the fragas,
The sun looks like a strawberry,
And the Tagus dances with the waves,
To rehearse a fandango.
Canoe, you know well,
When there is north by the bow,
How many docks does Lisbon have,
And the walls she has.
Canoa, where are you coming from?
If any boat bends you,
Never come back to the dock,
Never, never, never again.
Canoe, sailing panda,
What do you come from the mouth of the bar,
And bring in the soft breeze,
Moans of a guitar.
Your arrais held the candle,
And if he fell asleep, let him,
Now, very cautious,
Do not go the sea to wake you.
Canoe, you know well,
When there is north by the bow,
How many docks do Lisbon have,
And the walls she has.
Canoa, where are you coming from?
If any boat bends you,
Never come back to the dock,
Never, never, never again.
Canoe, you know well,
When there is north by the bow,
How many docks does Lisbon have,
And the walls she has.
Canoa, where are you coming from?
If any boat bends you,
Never come back to the dock,
Never, never, never again.
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