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domingo, 30 de abril de 2017

Alfredo Marceneiro - O Pierrot

Naquele dia de entrudo, lembro bem
Um intrigante Pierrot, da cor do céu
Um ramo de violetas, pequeninas
Á linda morta atirou, como um adeus

Passa triste o funeral, é duma virgem
Mas ao povo que lhe importa, aquele enterro
Que a morte lhe passa á porta, só por ele
Em dia de carnaval, e de vertigem

Abaixo a máscara gritei, com energia
Quem és tu grosseiro que ousas, profanar
Perturbar a paz das lousas, tumulares
E o Pierrot disse não sei, que não sabia

Sei apenas que a adorei, um certo dia
Num amor todo grilhetas, assassinas
Se não vim de vestes pretas, em ruínas
Visto de negro o coração, e resoluto

Atirou sobre o caixão, como um tributo
Um ramo de violetas, pequeninas
Atirou sobre o caixão, como um tributo
Um ramo de violetas, pequeninas

Linhares Barbosa / Alfredo Marceneiro (Fado Pierrot)
On that day of entrudo, I remember well
An intriguing Pierrot, the color of the sky
A bunch of violets, tiny
The beautiful dead shot, like goodbye

The funeral is sad, it's a virgin
But to the people who care, that burial
That death passes him by the door, only for him
In the day of carnival, and vertigo

Below the mask I screamed, with energy
Who art thou that thou dost boldly profane?
Disturb the peace of slates, tombstones
And Pierrot said I do not know, that I did not know

I only know that I loved it, one day
In love, all shackles, killer
If I did not come from black robes, in ruins
Seen from the heart black, and resolute

Threw on the coffin as a tribute
A bunch of violets, tiny
Threw on the coffin, like a tribute
A bunch of violets, tiny

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