Foi na velha Mouraria
De ruas tristes, escuras
Bairro antigo de mistério
Que sorrindo de alegria
Ou chorando desventuras
Teve o fado o seu império
Quando passo à Mouraria
Em noite de chuva e vento
Que é quando a tristeza impera
Todo o meu sangue se esfria
Se penso no sofrimento
Do Custódio p'la Severa
É que esse pobre aleijado
Tendo no peito a fibra
Da raça sentimental
Era por ela mandado
Tinha de ir beijar a mão
Ao fidalgo, seu rival
Dos seus lábios sensuais
Um beijo voluptuoso
Nunca o Custódio acolheu
Por isso, ele sofreu mais
Do que o próprio Vimioso
Quando a Severa morreu
Fernando Teles / Alfredo Marceneiro (Marcha do Marceneiro)
It was in old Mouraria
From dark, dark streets
Ancient neighborhood of mystery
What a smile of joy
Or crying misadventures
Had fate his empire
When I go to Mouraria
In night of rain and wind
That's when sadness reigns.
All my blood cools
If I think of suffering
From Custódio p'la Severa
Is that poor cripple
Having fiber in the chest
Of the sentimental race
I was sent by her
I had to go and kiss my hand.
To the nobleman, his rival
From your sexy lips
A voluptuous kiss
Never Custodio welcomed
Therefore, he suffered more
Than Vimioso himself
When Severa died
Sem comentários:
Enviar um comentário