sexta-feira, 28 de abril de 2017

Aldina Duarte - Contos de Fados




Tantas terras, tantas gentes
Tantas sortes, tantas vidas
Que parecem tão diferentes
E que afinal são parecidas

Sejam de hoje ou de ontem
Inventadas ou vividas
Por mais vidas que se contem
Sobram sempre tantas vidas

São contos, contando contos
Que vivemos, que sonhamos,
A que se acrescentam pontos
De cada vez que os contamos

E se os contos são cantados
Se a rima for bem escolhida
Já não são contos, são fados
Já não são fados, são vida

Já não são contos, são fados
E se são fados, são vida.
Manuela de Freitas e José António Sabrosa
So many lands, so many people
So many sorts, so many lives
That look so different
And that after all are similar

Be today or yesterday
Invented or lived
For more lives that are contained
There are always so many lives left

They are tales, telling stories
That we live, that we dream,
To which points are added
Each time we count them

And if the tales are sung
If the rhyme is well chosen
They are no longer tales, they are fados
They are no longer fados, they are life

They are no longer tales, they are fados
And if they are fados, they are life.

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