sexta-feira, 28 de abril de 2017

Aldina Duarte - Branca,Branca



À deriva pela estrada
Muito branca e embalada
Na cadência dos seus passos
Vai uma sombra cansada
Tão branca, sem dizer nada
Com um fantasma nos braços

Cheia de medo e de frio
Entrou no salão vazio
Do palácio abandonado
O grande tecto ruiu
O candelabro caiu
Em chamas, o cortinado

No palácio destruído
Ficou, no vitral partido
Uma sombra a ver-se ao espelho
E no chão enegrecido
Um fantasma adormecido
Sobre o tapete vermelho

Da terra, em volta, queimada
Nasce uma rosa encarnada
Que ao passar, o vento arranca
Pelo vento desfolhada
Desfaz-se, branca, na estrada
Branca, branca, ah! Tão branca.

Manuela de Freitas / Alfredo Marceneiro (Fado Cravo)
Adrift on the road
Very white and packed
In the cadence of your steps
There's a tired shadow.
So white, without saying anything
With a ghost in his arms

Full of fear and cold
Entered the empty hall
From the abandoned palace
The big ceiling collapsed
The chandelier fell
In flames, the curtain

In the destroyed palace
Stayed in the stained glass party
A shadow to see in the mirror
And on the blackened floor
A sleeping ghost
On the red carpet

From the earth, round, burnt
A red rose is born
That when passing, the wind starts
In the bare wind
Undo, white, on the road
White, white, ah! So white.

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