Tu dizes que já passou
Que nada de nós sobrou
No baú do coração
E que a vida continua
Pois até a tua lua
Nasce noutra direção
E que a vida continua
Pois até a tua lua
Nasce noutra direção
Pões o Inverno na voz
Quando me dizes que nós
Passamos no calendário
Mas eu até acho graça
Falas do tempo que passa
E o olhar diz o contrário
Mas eu até acho graça
Falas do tempo que passa
E o olhar diz o contrário
Vens pra dizer adeus
Mas não te esqueces dos teus brincos
Que pões para mim
Onde vais de vestidinho
E de sapato baixinho?
Ninguém se despede assim
Onde vais de vestidinho
E de sapato baixinho?
Ninguém se despede assim
Eu finjo que até concordo
E que já nada recordo
Desta paixão sem saída
E ficamos abraçados
Como dois enamorados
Dizendo adeus toda a vida
E ficamos abraçados
Como dois enamorados
Dizendo adeus toda a vida
João Monge, Manuel María
You say you've already passed
That nothing of us is left
In the heart chest
And that life continues
For even your moon
Born in another direction
And that life continues
For even your moon
Born in another direction
You put the winter in the voice
When you tell me that we
We passed the calendar
But I think it's funny
Talking about the time that passes
And the look says the opposite
But I think it's funny
Talking about the time that passes
And the look says the opposite
You come to say goodbye.
But do not forget your earrings
What you give me
Where are you going to get dressed?
And with a soft shoe?
Nobody says goodbye like this.
Where are you going to get dressed?
And with a soft shoe?
Nobody says goodbye like this.
I pretend I even agree.
And I do not remember anything anymore
From this dead-end passion
And we held each other
Like two lovers
Saying goodbye all the life
And we held each other
Like two lovers
Saying goodbye all the life
Estranho Menino Deus é o dum poeta!
ResponderEliminarO que nasce e renasce há muitos anos
Na minha noite de Natal, fingida,
Mal corresponde à imagem conhecida
Das sucursais do berço de Belém.
É uma criança tímida que vem
Visitar os meus sonhos, e, ao de leve,
Com maos discretas, tece um poema de neve
Onde depois se deita e adormece.
M. Torga