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domingo, 30 de abril de 2017

Amália Rodrigues - Marcha do Centenário




Toda a cidade flutua 
No mar da minha canção 
Passeiam na rua, 
Pedaços de lua 
Que caem do meu balão 

Deixem Lisboa folgar 
Não há mal que me arrefeça 
A rir, a cantar, cabeça no ar 
Eu hoje perco a cabeça 

Lisboa nasceu, 
Pertinho do céu 
Toda embalada na fé 
Lavou-se no rio, 
Ai, ai, ai menina 
Foi baptizada na Sé 

Já se fez mulher 
E hoje o que ela quer 
É trovar e dar ao pé 
Anda em desvario
Ai, ai, ai menina 
Mas que linda que ela é

Dizem que eu velhinha sou 
Há oito séculos nascida 
Nessa é que eu não vou, 
Por mim não passou 
Nem a morte, nem a vida 

O Pajem me fez um fado 
Um vali me leu a sina 
Não ter namorado, 
Nem dor, nem cuidado 
E ficar sempre menina

Lisboa nasceu …
Norberto Araújo / Raúl Ferrão
The whole city floats
In the sea of my song
They walked in the street,
Pieces of moon
Falling from my balloon

Let Lisbon play
There's no harm in getting me down
Laughing, singing, head in the air
I lose my head today

Lisbon was born,
Close to the sky
All packed in faith
He washed himself in the river,
Ai ai, ai girl
She was baptized at Sé

You've become a woman
And today what she wants
It is to trovar and to the foot
Walk in the rave
Ai ai, ai girl
But how beautiful she is.

They say that I am old
Eight centuries ago
This is where I will not go,
It has not happened to me
Neither death nor life

The page made me a fado.
A vali read me the sina
Not having a boyfriend,
Neither pain nor care
And stay forever girl

Lisbon was born ...

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