Dum café de camareiras
Que havia na Mouraria
Lembrar tempos que lá vão
De fidalgos e rameiras
E cenas de valentia
Os rufias são atores
No cenário da ralé
Por isso ninguém se ilude
Nós somos espetadores
E o teatro é o café
No cantinho da Saúde
É bom que ninguém se afoite
Vão se dar cenas canalhas
Nestes antros de má fé
Deram dez horas da noite
Entrou a rusga, às navalhas
Pelas portas do café
O Pinóia da guitarra
Fadista bem conhecido
Pára de cantar o fado
Há burburinho, algazarra
E um fidalgo destemido
Negou-se a ser apalpado
Fadistas falam calão
E uma camareira esperta
Chegou-se com ligeireza
Bem junto de um rufião
Escondendo a navalha aberta
Que ele espetara na mesa
Depois da rusga abalar
No café de camareiras
Há movimento, alegria
Há fadistas a cantar
Várias cenas desordeiras
Era assim a Mouraria
Gabriel de Oliveira e Manuel Maria Rodrigues Marques / Alfredo Marceneiro (Marcha do Marceneiro)
I'll do the description
A coffee for maids
That was in Mouraria
Remember times that go there
Of gentlemen and rameiras
And bravery scenes
The ruffians are actors
In the scandal scenario
So no one deceives themselves
We are spectators
And the theater is the cafe
In the corner of Health
It's good that no one gets upset.
There are going to be scoundrels
In these clubs of bad faith
It was ten o'clock at night.
He entered the raid, to the razors
Through the doors of the cafe
The guitar pinóia
Well known fado singer
Stop singing the fado
There is buzz, buzz
And a fearless gentleman.
Refused to be fingered
Fadistas speak slang
It's a smart maid
We arrived lightly
Right next to a ruffian
Hiding the open razor
Which he had sifted on the table
After the raid shook
At the cafeteria
There is movement, joy
There are fado singers
Scary scenes
This was Mouraria
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